Portable Harry Potter e o Cálice de Fogo PT-BR [ULTRA EXCLUSIVO]

É interessante constatar que, assim como o bruxinho Harry Potter amadurece a cada novo livro lançado – atualmente, a série se encontra no sexto e penúltimo, “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”, sendo que cada representa um dos sete anos passados na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts -, o mesmo processo se repete nos games, que costumam chegar às prateleiras simultaneamente à estréia do respectivo filme.

Basta lembrar do jogo do primeiro livro, “A Pedra Filosofal”, que mais se resumia a uma enfadonha aventura de exploração e coleta dos famosos feijõezinhos de todos os sabores; já “A Câmara Secreta” inovou um pouco, permitindo até jogar quadribol, o esporte favorito dos bruxos; finalmente, os temidos Dementadores ajudaram a dar um clima de suspense ao “O Prisioneiro de Azkaban”.

Agora, com “Harry Potter e o Cálice de Fogo”, inspirado no quarto filme da série, o jogo sedimenta a fórmula que a Electronic Arts conseguiu encontrar para criar um título que fizesse jus a livro e longa-metragem, mesmo sem inovações significativas.

No início do quarto ano letivo em Hogwarts, Potter, do alto de seus 14 anos, mal sabe que Lord Voldemort prepara uma nova e terrível investida, recrutando antigos aliados e parceiros do mal. No filme, o jovem bruxo ainda tem que resolver um outro problema não menos simples (ao menos para um pré-adolescente): lidar com a primeira paixão – Cho Chang, uma bela jogadora de quadribol. Mas, não precisa se preocupar: o jogo deixa as paixões de lado.

Sinais do tempo

O game, em sua essência, não foge muito à costumeira mistura de aventura e ação, das emoções da Copa Mundial de Quadribol às desafiadoras tarefas do Torneio Tribruxo. Porém, é impossível ficar indiferente às mudanças da jogabilidade, que está mais linear, sem dar tanta liberdade ao jogador para explorar os cenários de Hogwarts, como costumava acontecer nas versões passadas.

Mas isso não é necessariamente tão ruim, à medida que “Harry Potter e o Cálice de Fogo” também traz alguns elementos que agradarão não apenas a garotada que cresce junto com o bruxinho, mas até mesmo os mais velhos. É possível jogar com Harry Potter, Hermione Granger e Ronny Weasley, sozinho (controla-se um deles, enquanto os demais ficam por conta da inteligência artificial), ou junto com mais dois amigos, cada um no controle de um dos personagens.

Mais “sério”, o jogo abandona aos poucos a atmosfera infantil dos antecessores e logo no início coloca o jogador em meio à ação e ao caos, sendo necessário se virar com as magias, como a de azaração e a “Accio”, útil para atrair os itens ao seu redor, como os feijõezinhos de todos os sabores que, em cores diferentes, ganham utilidades específicas: os vermelhos recuperam energia; os azuis preenchem o medidor de magia; os demais servem para comprar cartas de colecionadores no Folio Universitas.

As cartas têm um papel importante na evolução do jogo, permitindo evoluir o trio de protagonistas do game. Ao final de cada fase, seu desempenho na execução de magias é avaliado e devidamente recompensado, rendendo pontos para o nível de maestria. A cada nível avançado, novas cartas são desbloqueadas. Aí, cabe a você escolher como “gastar” melhor tais pontos.

Existem três tipos de cartas: as de personagem, que aumentam energia, ataque etc; as de criatura, ganhas ao derrotar um determinado monstro e que permitem que nos próximos encontros com a criatura você tenha vantagens; e as de missão, dadas mediante o cumprimento de determinadas tarefas.

Com o tempo, são acumuladas várias destas cartas e, ao início de cada missão, o jogador deve distribuir três delas para cada personagem. Com esse sistema, o jogo adquire elementos de estratégia, obrigando o jogador a pensar, de acordo com a fase, quais são as cartas mais adequadas para as situações que estão por vir.

Unidos venceremos

Muitos dos desafios e quebra-cabeças encontrados ao longo do caminho só podem ser resolvidos com a união dos três personagens – tirar uma enorme pedra do caminho ou apagar um incêndio, por exemplo. Os combates são simples, pois até mesmo as magias são fáceis de serem lançadas, bastando mirar e atirar.

Para se ter uma idéia, o jogador mal escolhe qual feitiço lançar, o que é decidido pelo contexto. Se o objetivo é apagar o fogo de uma salamandra (com o perdão do trocadilho), por exemplo, Potter e seus amigos imediatamente poderão soltar o “Aqua Eructo”, escolha determinada automaticamente. Tudo bem que seria mais divertido que escolhêssemos os feitiços para cada situação, mas para o estilo de jogo a fórmula simplista acaba sendo apropriada.

Quando o medidor de magia do grupo é preenchido por completo, torna-se possível ativar o “Mágicus Extremos”, que deixa os feitiços dos personagens fortalecidos durante alguns instantes.

A inteligência artificial também dá as suas “rateadas”, principalmente nas situações que exige trabalho conjunto dos três personagens, como arrastar um tronco executando a mesma magia simultaneamente. Não é raro, nesses casos, um dos personagens controlados pelo computador ficar parado, inerte, enquanto você e o outro tentam mover o obstáculo. Normalmente, o problema se resolve rápido, reiniciando o processo, o que mesmo assim é um transtorno.

As limitações técnicas são compensadas pela variedade de desafios oferecida pelo game, com especial destaque para o torneio Tribruxo: disputada apenas por Harry Potter, a competição se divide em três tarefas, que envolvem a habilidade com a vassoura, nadar nas profundezas do Lago Negro e superar o labirinto encantado.

De certa forma, a dinâmica de “Harry Potter e o Cálice de Fogo” lembra um pouco a de “O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei”, inclusive na movimentação dos personagens, que acontece tanto para os lados quanto para cima e para baixo. A interação com o cenário é igualmente freqüente, tornando o game ainda mais imersivo.

No PC, em português

A versão para PC, distribuída no Brasil pela Electronic Arts, como de costume recebeu uma tradução em português. Muito competente, por sinal. Dada a grande audiência de Harry Potter entre o público jovem, vozes e legendas em português são um recurso essencial para aumentar a diversão proporcionada pelo jogo. No GameCube, PlayStation 2 e Xbox, o jogo está em inglês (incluindo o nome, “Harry Potter and the Globet of Fire”).

Se por um lado a linearidade das fases trouxe limites à jogabilidade, por outro facilitou o trabalho no design dos cenários, que foram visivelmente mais bem trabalhados, ganhando um maior nível de detalhes e efeitos visuais caprichados nas magias. Além disso, o design também reflete com sucesso o passar dos anos para os personagens, agora pré-adolescentes.

“Harry Potter e o Cálice de Fogo” não é um jogo para conquistar àqueles que não conhecem ou não gostam da saga de bruxarias, mas é o game na medida certa para agradar os fãs – o que, em se tratando de um jogo baseado em filme (e livro), já é por si só um feito e tanto. A Electronic Arts está no caminho certo e, faltando mais três jogos para completar a série, podemos até nutrir esperanças em torno de melhorias para as versões futuras.

Portable Harry Potter e o Cálice de Fogo PT-BR:
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Imagens do Jogo:

Obs: Game compativel com o Windows XP / Vista / W7 / W8.
Apos extrair no diretorio dezejado clicar no “GOF_F.EXE“,para executar o game.
Game 100% em portugues!

Author: L3on